Não é atoa que no romance Comer, Rezar e Amar, de Elizabeth Gilbert, que vendeu mais de 4 milhões de exemplares em todo o mundo, a personagem principal, Liz Gilbert (homônima à própria autora do livro), ao partir repentinamente para uma viagem em busca de auto conhecimento após sofrer uma reviravolta em sua vida, elege a Itália como seu primeiro destino.
Afora todos os aspectos históricos e estéticos tão valorizados por este velho país, a culinária italiana carrega toda a afetividade, o apreço à terra e a riqueza cultural características desta gente que considera comer um ato sagrado não só por ser indispensável à sobrevivência, mas também por trazer todos os dias uma oportunidade de reunir-se e celebrar a vida.
A gastronomia é, definitivamente, um patrimônio e um legado da cultura italiana para todo o mundo. A culinária italiana é uma das mais celebradas e reproduzidas ao redor do globo, com uma infinidade de receitas tradicionais que encantam pela simplicidade da natureza e origem dos ingredientes típicos e regionais utilizados, e a riqueza de sabores, texturas e aromas apreciados pela grande maioria da humanidade.
Sem dúvida, uma das principais influências da culinária italiana, mais precisamente do sul da Itália, é de origem árabe, herança da ocupação Moura durante as Cruzadas, no século IX. O intercâmbio introduziu ingredientes como o açúcar, o arroz, a canela, o açafrão, a berinjela e os doces de marzipã, além das técnicas de produção de frutas secas, como os figos e as uvas passas.